Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 08-09-2011, Gaudium Press) Debaixo de uma calorosa acolhida e em ritmos alegres da música colombiana executada pela Orquestra Sinfônica Juvenil “Batuta” de Bogotá, Bento XVI retomou ontem de manhã as audiências gerais na Praça São Pedro, no Vaticano. O Papa começou a propor reflexões sobre alguns salmos, livro de orações por excelência. Para iniciar suas reflexões, o pontífice escolheu o salmo 3, que apresenta um grito de invocação a Deus nas dificuldades da vida e no enfrentamento de inimigos. Na presença de 11 mil fiéis, entre os quais numerosos grupos latino-americanos, o Papa afirmou que Deus escuta e responde ao grito de invocação dos fiéis necessitados. “Ele é ajuda, defesa, e salvação, como escudo protege quem n’Ele confia, lhe faz levantar a cabeça, principalmente nos momentos em que a agressão coloca em risco a perda da fé no homem”, destacou.

Neste sentido, Bento XVI salientou a importância na oração, pois ela é a certeza da presença de Deus. “Que este salmo possa nos ser de ajuda nas nossas dificuldades”, disse. “Na dor, no perigo, na amargura da incompreensão e da ofensa, as palavras do Salmo abrem o nosso coração à certeza confortadora da fé. Deus está sempre perto, mesmo nas dificuldades, nos problemas, na escuridão da vida, escuta, responde e salva a seu modo. O homem deve saber reconhecer a sua presença e aceitar seus caminhos”, afirmou.

Em português, aos presentes brasileiros, o Santo Padre destacou ainda que “Deus está sempre perto, mesmo nos períodos negros da vida”, mas que “é preciso saber reconhecer a sua presença e aceitar os seus caminhos como fez Jesus no Gólgota”. Conforme o pontífice, mesmo quando parece, aos olhos dos ímpios, que Deus não interveio porque deixou o Filho morrer na Cruz, “então é que se manifesta, para todos os crentes, a verdadeira glória e a realização definitiva da salvação”.