Nossa Assembléia Paroquial realizada no diaquatro de março, centrou nossa reflexão nasurgências apresentadas no capítulo terceiro dasDiretrizes Gerais da Ação Evangelizadora daIgreja no Brasil para o quadriênio 2011 – 2015.É bem dentro do período em que se celebra o cinquentenário da realização do Concílio Vaticano II (1959 – 1962)chamado a “Primavera da Igreja”. E, agora, que vivemos umamudança de época em época de mudanças, lembrou-se o que ensina o Documento de Aparecida: “nossos povos não quer emandar pelas sombras da morte. Têm sede de vida e felicidade emCristo.”… “As condições de vida de muitos abandonados, excluídose ignorados em sua miséria e dor, contradizem o projeto do Pai edesafiam os discípulos missionários a maior compromisso a favorda cultura da vida” DA 350.É necessário ser “discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nele todos os povos tenham vida”. Mas, como ser discípulos emissionários na comunidade paroquial?Não é demais pensar que o verdadeiro discípulo é aquele que ouvesempre o chamado do Senhor e que se dispõe a encontra-lo esegui-lo – “Mestre, onde moras? Venham ver; foram, viram epermaneceram com Ele”. Jo. 1,35-39.Ser discípulo de Jesus é sentar-se e ouvir sua palavra, como Mariaem Betânia “sentada aos pés de Jesus” Lc. 10, 39, como o curadode Gerasa “sentado aos pés de Jesus” Lc. 8, 35. Missionário é overdadeiro discípulo que “sai ao encontro das pessoas, dasfamílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar ecompartilhar o dom do encontro com Cristo”. DA 548.Portanto, o verdadeiro discípulo e missionário é aquele queatende ao chamado para estar e aprender com o Mestre: “vinde…aprendei”… e acolhe o mandato e sai para anunciar “ide, anunciai”Mc. 16, 15.É possível isso na paróquia? Não só possível, mas necessário.Como? Indo ao encontro dos afastados, promovendo novaslideranças, através de cursos, das pastorais, da participação nossetores, valorizando os vínculos humanos e sociais. As pessoasnão buscam, em primeiro lugar, as doutrinas, mas o encontropessoal, o relacionamento solidário e fraterno, a acolhida. Eis odesafio ao discípulo missionário nesta época de mudançastambém no modo do testemunho.A Assembléia foi um convite para aceitarmos os desafios das mudanças, bem como os riscos que o compromisso supõe.
Monsenhor Nivaldo Resstel, Reitor do Santuário Sagrado Coração de Jesus