O sofrimento é inerente à condição humana, mais cedo ou mais tarde iremos ter em conta algum sofrimento, seja ele grande ou pequeno. O fato de sermos cristãos e estarmos juntos do Senhor não nos faz tão “especiais” ao ponto de nossa vida ser um mar de rosas, basta vermos a vida do próprio Senhor: Cruz!
O que quero retratar aqui não é uma apologia ao sofrimento, mas já que vamos sofrer (isto é fato), por que não aprender a sofrer bem? Santa Teresinha do Menino Jesus se questionava: “Sofro muito, mas será que sofro bem?”
Sofrer bem não significa não sentir a dor, não significa suportar tudo sozinho(a), não significa fingir que não sofremos, mas sim em ofertar tudo ao Senhor.
No mês de setembro celebramos o dia de Nossa Senhora das Dores, dia 15, e é aos pés da Cruz que vemos a dor de Maria. Ver seu filho, inocente e sem mancha, morrer de modo tão brutal por nossos pecados é a grandíssima dor de Nossa Senhora, tal dor que já havia sido anunciada por Simeão no templo: “uma espada te traspassará a alma” (cf. Lc 2, 33 – 35). E é aos pés da Cruz que Maria nos dá a lição de como sofrer bem: junto a Jesus. Todo sofrimento unido à Cruz pode se tornar redentor. Olhando para o Crucificado ganhamos forças para continuar a caminhada e olhando para a Virgem Maria, mãe das dores, aprendemos a permanecer de pé diante das dificuldades e dos sofrimentos.
“Olhando esta tarde a Santíssima Virgem, eu compreendi que ela sofreu não somente na alma, mas também no corpo. Sofreu nas viagens, o frio, o calor, a fadiga…. Jejuou muitas vezes…. Sim, ela sabe o que é sofrer!”
Santa Teresinha do Menino Jesus
Maria sabe o que é sofrer, ela entende a nossa dor, ela sofre conosco, ela nos consola! Com tão terna mãe é como se voltássemos a ser crianças e como se com um beijo em nossas feridas Maria nos dissesse: “Vai ficar tudo bem!”.
Una à Cruz do Senhor seus sofrimentos! Confie em Nossa Senhora! Não sofra sozinho (a), peça o auxílio do Céu!
No Coração de Jesus e Maria,
Frederico Coqueiro Dias