“Que me adianta Cristo ter nascido em Belém, se Ele não nascer em meu coração?” Orígenes
– Gostaria que o Natal fosse sentido e assumido como o “Grande Presente” de Deus para a humanidade. Que todas as atenções estivessem voltadas para o Menino Deus. Ele se fez carne e habitou entre nós. Por isso seu nascimento transformou nossa existência, pois nele Deus revela o seu amor por nós. Ao assumir nossa humanidade, revela a dignidade do homem: “Fez-se igual a nós em tudo, menos no pecado”.
– Gostaria que a humanidade não fizesse do mistério da encarnação de Deus um pretexto para recodificar o Natal simplesmente como festa da família, festa de fim de ano, de feriado prolongado, ou pior ainda, de comidas e bebidas, tão somente; de troca de presentes, mensagens e votos… Quando o grande presente vem do próprio Deus: “Enviou seu filho ao mundo para que todos os que crerem Nele tenham a salvação”. Jô 3, 16.
– Gostaria que as luzes das vitrines, das lojas das ruas e das casas não ofuscassem a “Luz que veio a este mundo”, na beleza incomparável de uma criança deitada numa manjedoura.- Gostaria que, ao evocar a reunião familiar, o Natal não acontecesse somente no dia 25 de dezembro, sem refletir a experiência da vida familiar!
– Gostaria que o Natal deixasse de ser, como é para muitos, uma simples tradição, mas o mistério do amor que Jesus tem por nós, revelando a solidariedade de Deus com seu povo, especialmente com os mais carentes ou mais sofredores.
– Gostaria que os seres humanos não ficassem demasiadamente atentos aos aspectos secundários, pedaços de sua existência, para poder enxergar a beleza de Cristo que vem para ser um de nós e nos salvar, sustentando nossa esperança e nossa busca de felicidade, porque Natal é a festa da vida!
– Gostaria, enfim, que todos sentissem que um Natal histórico nada muda em nossa vida. Mas um mistério – Deus que nasce em nós – transforma a nossa vida. Que todos tenham um Feliz Natal!
Monsenhor Nivaldo Resstel, Pároco e Reitor do Santuário.