Rio de Janeiro (Terça-feira, 28-08-2012, Gaudium Press) No Brasil o Dia do Catequista foi comemorado no último domingo, 26, embora o dia oficial seja o dia 28 de agosto.
A data foi ocasião para Arquidiocese do Rio de Janeiro publicar em seu portal considerações sobre o catequista ressaltando “a doação deste católico que, na Igreja, abraça com zelo a sua vocação e missão para com a sociedade”.
O que é o catequista? Pergunta o portal. A resposta é dada em seguida: “é, sobretudo, aquele que responde a uma vocação específica: a de alcançar os corações dos filhos e filhas de Deus e despertá-los para a consciência do Cristo. É uma vocação. “E, como em toda vocação, o chamado a ser catequista não é algo pessoal, é iniciativa de Deus. Deus convoca o homem a assumir a sua vocação, recebida no batismo, de ser profeta – aquele que fala em nome de Deus e da comunidade a que pertence”.
A palavra catequista, informa a Arquidiocese, vem do grego (Katechein – que quer dizer fazer eco -) é aquele que se coloca a serviço da Palavra, ele reçoa a Palavra de Deus, é um instrumento que a ecoa. O catequista é fundamental para a iniciação cristã, atende à “tarefa verdadeiramente primordial da missão da Igreja”, conforme as palavras do Beato João Paulo II.
A catequese no Brasil
Tendo nascido à sombra da cruz, historia o portal arquidiocesano, o Brasil, desde cêdo, recebeu os bons influxos da evangelização. O trabalho catequético foi iniciado já com o Padre Manuel da Nóbrega, em 1549.
A poesia, o canto e outras formas de arte jforam usadas pelo Beato José de Anchieta (1553) para catequizar os indíginas conduzindo-os ao conhecimento do verdadeiro Deus. O Beato chegou a escrever até um catecismo na lingua tupi-guarani para ser utilizado na sua evangelização.
Outros missionários jesuítas que aqui chegaram (1589) e, logo depois deles, também os frades missionários franciscanos, se dedicaram a fazer eco das Palavras de Deus na, então, Terra de Santa Cruz.
Com a expulsão dos jesuítas e a escassez do clero, a catequese passou um pouco mais para a ação dos leigos. Assumindo sua vocação nascida no batismo passaram eles a ser aqui instrumentos da difusão da Palavra.
Após a reforma tridentina, surgiram as dioceses e paróquias e teve inicio o incentivo à participação feminina nessa missão. As congregações religiosas dedicadas ao ensino engrossaram o número dos catequistas.
São Pio X, no inío do século XX com seu catecismo e com o incentivo à comunhão precose das crianças estimulou a catequese infantil. E isso foi um impulso extraordinário, além de muito necessário.
Em nossos dias, conclui o portal, “os agentes leigos de pastoral têm sido os que primam pela pedagogia de ensino” religioso. São eles que na maior parte de nosso imenso território levam a luz de Cristo às almas. (JSG)