Vaticano, 01 Nov. 12 / 04:19 pm (ACI).- Ao presidir ao meio-dia (hora local) aoração do Ángelus na Solenidade de Todos os Santos, recordada hoje em Roma, o Papa Bento XVI disse que neles podemos ver a vitória do amor sobre o egoísmo e a morte.
Ante milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, Bento XVI ressaltou que “na festa de hoje pregustamos a beleza desta vida de total abertura ao olhar de amor de Deus e dos irmãos, na que estamos seguros de alcançar Deus no outro e o outro em Deus”.
“Com esta fé nos enche a esperança de venerarmos todos os Santos, e nos preparamos para comemorar amanhã os fiéis defuntos. Nos santos vemos a vitória do amor sobre o egoísmo e sobre a morte: vemos que seguir a Cristo leva à vida, à vida eterna, e dá sentido à vida presente, a cada instante pois a enche de amor e de esperança”.
O Santo Padre disse que esta Solenidade de Todos os Santos “faz-nos refletir sobre o duplo horizonte da humanidade, que expressamos simbolicamente com as palavras ‘terra’ e ‘céu’: a terra representa o caminho histórico, o céu a eternidade, a plenitude da vida em Deus”.
O Pontífice assinalou que esta festa nos faz pensar na Igreja em sua dupla dimensão: “a Igreja em caminho no tempo é aquela que celebra a festa sem fim, a Jerusalém celestial”. “Estas duas dimensões estão unidas pela realidade da ‘comunhão dos santos’: uma realidade que começa aqui sobre a terra e alcança seu cumprimento no Céu”, acrescentou.
“No mundo terrestre, a Igreja é o início deste mistério de comunhão que une a humanidade, um mistério totalmente centrado sobre Jesus Cristo: Ele introduziu no gênero humano esta dinâmica nova, um movimento que o conduz para Deus e ao mesmo tempo para a unidade, para a paz em sentido profundo”.
O Papa recordou que “Jesus Cristo morreu para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos”, e esta sua obra continua na Igreja que é inseparavelmente ‘una’, ‘Santa’ e ‘católica’. Ser cristãos, formar parte da Igreja significa abrir-se a esta comunhão, como uma semente que se abre na terra, morrendo, e germina para o alto, para o céu”.
Bento XVI precisou também que “os Santos –aqueles que a Igreja proclama como tais, mas também todos os santos e as santas que só Deus conhece, e que também hoje celebramos– viveram intensamente esta dinâmica. Em cada um deles, de maneira pessoal, fez-se presente Cristo, graças a seu Espírito que age mediante a Palavra e os Sacramentos“.
“De fato, o estar unidos a Cristo, na Igreja, não anula a personalidade, mas, a transforma com a força do amor, e lhe confere, já aqui sobre a terra, uma dimensão eterna”, sublinhou o Papa.