Retirado de: Portal Comunidade Shalom
Em todos os tempos litúrgicos celebramos a centralidade do mistério de Jesus Cristo (encarnação, paixão, morte, ressurreição).
No CICLO DO NATAL, celebramos privilegiadamente a Encarnação de Jesus; celebramos o Emanuel, Deus que veio até nós.
Todo tempo litúrgico é constituído por três etapas. O ‘antes’ significa a preparação para a festa que se vai celebrar. O ‘centro’ é a festa celebrada. O ‘depois’ é sua continuação, ou seja, a graça e a alegria daquele dia prolongam-se por um período.
No CICLO DO NATAL, o antes é o Advento; o centro é o próprio Natal (festa da encarnação de Deus); o depois é seu prolongamento nas festas da manifestação do Senhor.
Cada um destes três momentos tem características próprias. Vejamos.
ADVENTO – no 1º domingo do Advento inicia-se o Ano Litúrgico. O Advento é formado pelos quatro domingos que antecedem o Natal. É tempo de preparação para a visita do Salvador que vem armar sua tenda entre nós. Este não é um tempo penitencial, mas de preparação para um grande acontecimento, portanto de discreta alegria. Por exemplo, durante estes quatro domingos não cantamos o Glória, para que na Noite de Natal, quando juntamos nossas vozes à voz dos anjos, com mais força ressoe nosso louvor a Deus que, por seu imenso amor, nos enviou seu filho. A Liturgia do Advento celebra tanto a 1ª vinda de Jesus (encarnação) como sua 2ª vinda (ao final dos tempos).
Os personagens principais do Advento são: Maria (testemunha privilegiada do mistério da encarnação); Isaías ( o profeta da preparação); João Batista (o precursor).
A Coroa do Advento, cujas quatro velas, vamos acendendo uma a uma, domingo após domingo, nos lembra que a luz do Salvador brilhará sobre nós.
Advento é, pois, tempo de esperança, de expectativa pela vinda do Senhor. É tempo de aclamarmos: “Vem, Senhor Jesus!”
NATAL – é o grande momento em que celebramos Deus que veio até nós, celebramos o Emanuel – Deus entre nós. A centralidade desta noite está na encarnação. É noite de incontida alegria, é noite de luz. Com os anjos cantamos “Glória a Deus nas alturas”.
Na sociedade atual, segmentos diversos apropriaram-se do Natal e o transformaram num evento (algo eventual, passageiro), numa época de lucrativas vendas, num período de alegria ‘de fachada’. Lembremos que o Natal, para nós, discípulos missionários de Jesus Cristo, é um grande acontecimento, que gera em nós compromisso de fé e de vida. É um tempo de verdadeira alegria, pois o Salvador está entre nós.
O presépio concretiza, a nossos olhos, o filho de Deus feito homem – ali, na pobreza e na simplicidade de uma gruta, acolhido pelos mansos e humildes de coração.
Após o dia de Natal, seguem-se algumas festas, denominadas “Festas da Manifestação do Senhor”:
domingo após o Natal – Sagrada Família – a centralidade está em Jesus que, vindo até nós no seio de uma família, estabeleceu a relação entre a família humana e a família divina.
1º de janeiro – festa da Mãe de Deus – celebramos Maria como testemunha privilegiada do mistério da encarnação. Ela é grande não por si mesma, mas porque aceitou ser o instrumento para que Deus viesse até nós.
06 de janeiro (ou no domingo entre os dias 2 e 8 de janeiro) – Epifania – também conhecida como festa dos Reis Magos – é a festa da manifestação do Senhor. Deus que veio para salvar todos os povos.
No domingo depois do dia 6 de janeiro – Batismo – aqui se conclui a missão de João Batista que preparou os caminhos do Senhor. Tem início a vida pública de Jesus.
Fonte: https://comshalom.org/o-tempo-liturgico-do-natal/ –