Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 09-03-2012, Gaudium Press) “A nova evangelização parte também do Confessionário!”, afirmou o Santo Padre aos participantes do Curso sobre Foro Interno, promovido pela Penitenciaria Apostólica realizado em Roma esta semana sobre o tema da formação da consciência moral. O autêntico significado da novidade do sacramento da penitência “não consiste tanto no abandono ou na remoção do passado, quanto no acolher Cristo e em abrir-se a sua Presença, sempre nova e sempre capaz de transformar, de iluminar todas as zonas de sombra e de descerrar continuamente um novo horizonte”.
A confissão é um “misterioso” encontro entre “a inexaurível pergunta do homem” e “a Misericórdia de Deus”. O Papa afirmou aos sacerdotes participantes do curso que trata diversas realidades do sacramento da penitência, em vista do Ano da Fé e do Sínodo sobre a Nova evangelização, que este sacramento é “o motor de toda forma” e “verdadeira força” para a evangelização. Falando sobre a novidade do Evangelho e dos sacramentos, recordou que estas duas realidades da missão da Igreja, os sacramentos e o anúncio da Palavra de Deus “não devem nunca ser concebidas como separadas”.
Além disso, confirmou ” a necessidade permanente de uma adequada preparação teológica, espiritual e canônica para poder ser confessores”.
O sacerdote é chamado a expressar a totalidade e a novidade da Palavra e dos sacramentos para as pessoas de hoje.”Em uma época de emergência educativa – observou o Papa – na qual o relativismo coloca em discussão a própria possibilidade de uma educação entendica como progressiva introdução ao conhecimento da verdade, o sentido profundo da realidade, portanto como progressiva introdução à relação com a Verdade que é Deus, os cristãos são chamados a anundiar com vigor a possibilidade do encontro entre o homem de hoje e Jesus Cristo, no qual Deus se fez tão próximo para que fosse possível vê-lo e escutá-lo”.Aos confessores presentes o Santo Padre pediu, no fim do discurso, para serem “colaboradores e protagonistas de tantos possíveis ‘novos inícios'” para levarem “a novidade de Cristo” ao “centro e à razão da existência sacerdotal, fazendo votos que “todo Confessionário, do qual cada cristão sairá renovado, represente um passo à frente na nova evangelização”.