A Encarnação de Deus é um dos mistérios mais profundos e maravilhosos da fé cristã. Estamos diante de uma verdade que transcende a compreensão humana e toca o coração de cada pessoa que se abre para ela: Deus se fez menino por cada um de nós. Deus, o Criador de tudo o que existe, escolheu assumir a fragilidade da nossa humanidade, nascendo como uma criança em um estábulo humilde. É o amor incomparável de Deus, que faz de tudo para nos encontrar!
Em João 1, 14 lemos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. O Deus eterno entrou na história. Ele foi gerado no ventre de Maria e experimentou o nascimento, o crescimento e todas as limitações da condição humana, exceto o pecado. Por quê? Por amor. Deus fez isso por mim, por você, por cada pessoa, para nos salvar e nos reconciliar consigo mesmo.
O fato de Deus ter vindo como um menino nos ensina algo essencial sobre sua natureza: Ele não escolheu se impor pelo poder ou pelo medo. Ao contrário, revelou-se na vulnerabilidade e na simplicidade e veio ao mundo não em um palácio, mas em uma manjedoura. Tal escolha nos lembra que o Reino de Deus é para os pequenos, os humildes, aqueles que reconhecem sua necessidade de algo maior do que eles mesmos.
A Encarnação de Deus como um menino nos ensina sobre a humildade. Em Filipenses 2, 6-8, Paulo escreve que Jesus, sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se, mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo. Isto é surpreendente: o Criador do universo decidiu entrar na história humana como um servo.
Deus se fez menino para nos ensinar que a verdadeira grandeza está no serviço, na humildade e no amor sacrificial. Jesus não buscou prestígio ou reconhecimento; Ele veio para servir e dar a sua vida por muitos (cf. Marcos 10,45). Sua Encarnação é um convite para que também vivamos de forma humilde, colocando o próximo acima de nossos próprios interesses.
Diante do fato de que Deus se fez menino por mim, a pergunta inevitável é: como devo responder? A resposta está no amor e na entrega. Deus nos amou primeiro, e nossa resposta deve ser amá-lo de volta, com todo o coração, mente e força. Além disso, somos chamados a imitar Jesus, vivendo em humildade, servindo aos outros e anunciando essa boa nova ao mundo. Que aprendamos a tornar a vida dos outros mais leve! Tornemos a vida amável!
Celebrar o Natal vai além das tradições externas; é uma decisão de abrir espaço para Jesus em nossas vidas.
No Coração de Jesus e Maria,
Frederico Coqueiro Dias