Observo que o interesse de vocês jovens de viajarem até o Rio de Janeiro é fruto de uma nova forma de se praticar catolicismo. Abram o coração, pois a Jornada tem o objetivo de aproximar a Igreja Católica de vocês.
O jovem precisa se expressar. Quando se cria um evento deste porte, como o da Jornada Mundial da Juventude, abrimos um espaço para eles. A Igreja Católica tem uma história de sucessão de dois mil anos, mas ela tem que mudar a linguagem dela, a maneira dela falar. A juventude de hoje é muito diferente de décadas passadas e aquilo que empolgava os jovens daquela época não empolga mais. É preciso haver um diálogo entre a Igreja e vocês jovens para que nos digam a forma que vocês querem se comunicar.
É extremamente importante e positivo ressaltar os esforços de todos vocês na organização por meio de mobilizações dentro das Igrejas para angariar fundos. Esse envolvimento mostra que vocês acreditam em uma instituição que tem conteúdo, propostas concretas para a sociedade. Isso em um momento em que há várias seduções do mundo sendo criadas para desviá-los de Deus.
Desejo firmemente e toda a Igreja Particular de Marília, que todos os jovens possam ter uma experiência de vida alegre, bonita, de um momento de vida na Igreja, de confraternização, de congraçamento, e com a presença do Papa, e que isso possa lhes trazer algum fruto, orientação na vida e percepção daquilo que a Igreja Católica tem a oferecer, um lugar para os jovens, uma proposta de vida para vocês.
Este é um momento fundamental de interação, ou seja, a convivência de jovens que não se conhecem, vão se conhecer na hora, mas já vão perceber que são parte de um único todo, de uma família, a grande família da humanidade, a grande família da Igreja, onde raças, cores, línguas, tradições particulares deixam de ser importantes diante do fato de estarem reunidos em uma única ação comum, em um único sentimento comum.
Que esta experiência única, que mexerá com o coração de todos, possa fazer com que vocês tragam para as nossas comunidades novos anseios, coragem, determinação, mas, sobretudo, testemunho de que vale a pena ser cristão católico. Ao ponto de bater no peito e dizer: “Eu amo a minha Igreja e, por isso, vou anunciar o Reino de Deus”.
+ Dom Osvaldo Giuntini
Administrador Apostólico de Marília