Com informação Vatican News
Igreja na região do Pacífico no Mês Missionário Extraordinário: a necessidade de um retorno às “relações reais” foi abordada pelo Papa na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, relevando que “não basta multiplicar as conexões para que aumente também a compreensão recíproca”, convidando a construir uma Igreja “onde a união não se fundamenta em ‘like’, mas na verdade, no amém, com o qual cada um adere ao Corpo de Cristo, acolhendo os outros”
Cidade do Vaticano
A contínua evolução do panorama das mídias e da comunicação torna necessária uma abordagem propositiva por parte da Igreja, a fim de que ela possa permanecer ao lado das pessoas. É o que explica numa mensagem por ocasião deste Mês Missionário Extraordinário, Agatha Ferei Furivai, leiga católica, presidente da “Signis” na região do Pacífico e diretora da Caritas Fiji.
“A comunicação entre indivíduos mudou de modo significativo nos últimos 20 anos. As novas gerações são formadas por nativos digitais e têm o know-how tecnológico, mas cada vez mais pessoas estão se distanciando da comunicação face a face nas famílias e nas comunidades. Por isso, pais, avós, os líderes das comunidades e todos aqueles que se ocupam do cuidado e do crescimento de uma criança devem caminhar de mãos dadas com ela.”
Papa Francisco: necessidade de um retorno às “relações reais”
As palavras de Agatha Furivai chegam até nós à margem do Simpósio de Missiologia centralizado no tema “A missão na era das mídias e da comunicação instantânea”, organizado dias atrás por ocasião do Mês Missionário Extraordinário, no Instituto Teológico Católico de Bomana, na Papua Nova Guiné, situada ao norte da Austrália.
A necessidade de um retorno às “relações reais” havia sido abordada pelo Papa Francisco na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, relevando que “não basta multiplicar as conexões para que aumente também a compreensão recíproca”, convidando a construir uma Igreja “onde a união não se fundamenta em ‘like’, mas na verdade, no amém, com o qual cada um adere ao Corpo de Cristo, acolhendo os outros”.
Usar as novas mídias para ampliar o anúncio de Cristo
A esse propósito, afirma a diretora da Caritas Fiji: “Na nova cultura marcada pela presença do computador, a Igreja pode contar ao mundo sua mensagem, ouvir mais claramente a voz da opinião pública e entrar nos debates e na busca comum de soluções para os problemas urgentes da humanidade. Devemos abraçar as novas tecnologias para proclamar a Palavra de Cristo, exatamente como faríamos se pregássemos do alto dos telhados”.
Em seguida, ressalta que “a missão dos fiéis leigos é uma viagem nas relações interpessoais, para reconhecer Cristo nos outros. Nessa viagem podemos usar os meios de comunicação nas mídias para amplificar nossas vozes”.
Esforço colaborativo entre a Igreja e as mídias
Furivai observa que também no Pacífico as plataformas das redes sociais se afirmaram como modalidades de comunicação, convidando a “usar as mídias para estender o plano divino do nosso Criador e difundir a Palavra de Deus”.
“Todos somos consumidores e produtores de mensagens que se encontram no círculo da comunicação. Essa é uma boa razão para um esforço colaborativo entre a Igreja e as mídias”, conclui.