O Papa Bento XVI inaugurou na tarde da segunda-feira, 13, na Basílica de São João de Latrão, o Congresso Eclesial da Diocese de Roma que tem o tema: “Estas palavras emocionaram-nos até ao fundo do coração”. A alegria de gerar a fé na Igreja de Roma.
Depois dos primeiros dois anos de reflexão dedicados a participação na Missa dominical, o testemunho da caridade e o itinerário de verificação pastoral, a Diocese de Roma se centrará, no próximo biênio, na iniciação cristã.
O congresso refletirá também o papel das famílias na atuação educativa das crianças e a formação dos catequistas.
No discurso proferido na Basílica de São João de Latrão, o Papa insistiu na necessidade de voltar a proclamar a Boa Nova nas regiões de antiga tradição cristã e exortou a percorrer o caminho no qual se descobre o Evangelho, não como uma utopia, mas como uma forma de vida plena.
Bento XVI salientou também que a fidelidade à fé da Igreja deve conjugar-se com a criatividade catequética que tenha na devida conta o contexto, a cultura e a idade do destinatário.
Citando uma das intervenção durante o sínodo romano, o Papa disse que “a fé não deve ser pressuposta mas proposta. É precisamente assim. A fé não se conserva por si mesma no mundo, não se transmite automaticamente no coração do homem, mas deve ser sempre anunciada. E o anuncio da fé, por sua vez, para ser eficaz deve partir de um coração que acredita, que espera, que ama, um coração que adora Cristo e acredita na força do Espírito Santo”.
Um anuncio que deve ressoar de novo nas regiões de antiga tradição cristã e que se resume na necessidade, já advertida por João Paulo II, de uma nova evangelização dirigida a todos aqueles que apesar de conhecerem a fé já não apreciam a beleza do cristianismo, e inclusive é possível que o considerem como um obstáculo para alcançar a felicidade, salientou o Pontífice.
Neste contexto o Santo Padre repetiu as suas palavras proferidas aos jovens na Jornada Mundial da Juventude de Colônia: “a felicidade que procurais, a felicidade a que tendes direito tem um nome e um rosto: Jesus de Nazaré escondido na Eucaristia”.
Bento XVI manifestou o desejo de que aumente o compromisso com uma renovada estação de evangelização que não é só o trabalho de alguns, mas de todos os membros da Igreja. Porque, como salientou o Papa, cada um dos fiéis baptizados é mensageiro deste anuncio.
Em primeiro lugar , os pais que são chamados a colaborar com Deus na transmissão do dom inestimável da vida, porém também devem fazer conhecer Aquele que é a Vida. Neste sentido Bento XVI assegurou aos pais o apoio da Igreja nesta missão fundamental.
Além disso, o Santo Padre referiu-se ao trabalho que a comunidade cristã deve fazer na formação dos adolescentes ajudando-os não só a compreender com a inteligência as verdades da fé, mas também com as experiencias de oração, de caridade e de fraternidade.
O Papa salientou ao concluir seu discurso que a fé corre o perigo de permanecer muda se não encontrar uma comunidade que a põe em pratica, tornando-a viva e atraente como experiencia da realidade da vida verdadeira