Os organizadores estão otimistas com o evento, que acolhe quase 500 participantes representando os mais de 20 mil padres brasileiros. Para o vice-presidente do CNP, padre Lázaro Muniz, este número expressa a preocupação de cada padre no cuidado com si mesmo. “Essa presença significa o desejo concreto de cada presbítero de estar engajado na luta em favor de si mesmo, de seu ministério, de sua vida e missão, como responsável por ajudar a sua comunidade a caminhar rumo ao Reino de Deus”.
Atualidade
O encontro vai discutir a especialmente a identidade e a espiritualidade presbiteral no mundo de hoje. “A identidade vai dar esta resposta sobre o que somos. A nossa espiritualidade vai nos encaminhar no caminho da santidade da nossa vida neste tempo forte de mudanças”, conta padre Lázaro. Ele lembra que o encontro tem como assessores os padres João Batista Libâneo e Jésus Benedito dos Santos. “Libâneo ajudou muito na elaboração do texto-base de nosso encontro. Já o padre Jésus é um estudioso desta identidade do presbítero em metamorfose, e vem nos lembrar da mística do cuidado que cada sacerdote deve ter com si mesmo”.
Os bispos do Brasil acompanham com interesse o encontro. Um dos presentes é o bispo de Formosa (GO), dom Paulo Roberto Beloto, que também é o referencial para o clero do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás, Distro federal e Tocantins). “Acredito que o tema em discussão seja o coração do nosso ser sacerdote. A clareza de nossa identidade e espiritualidade é o que vai nos dar firmeza e constância em nosso ministério e nossa vocação. É um momento de graça para a nossa Igreja no Brasil, especialmente para os nossos padres”, afirmou dom Paulo.
Expectativa
Os participantes deste encontro são representantes de todas as dioceses do Brasil, e revelam a riqueza da diversidade e unidade da Igreja. “Temos aqui padres que já completaram 30 anos de sacerdócio, e ao mesmo tempo um padre de 2 anos de ordenação”, conta Dom Paulo, que explica que essa realidade favorece a troca de experiências, especialmente para os padres mais novos. “Graças a Deus temos muitas vocações sacerdotais na Igreja no Brasil, e muitos padres jovens. É muito importante para quem está iniciando no ministério fazer esta experiência com quem tem mais vida presbiteral”, relata o bispo.
Um exemplo desta realidade é a do jovem padre Rodrigo Adalberto de Oliveira. Com 27 anos de idade e apenas dois anos de ministério, ele vem da Diocese de Diamantina, no Mato Grosso, para participar do encontro pela segunda vez. “No primeiro, eu tinha apenas 3 meses de ordenação”, lembra Rodrigo. Ele vem com a expectativa de que o tema em discussão ajude a todos os padres a se comprometer cada vez mais com os desafios que o mundo de hoje apresenta. “Creio que está aí a importância do tema do encontro, pois nos ajuda a amadurecer o nosso agir e a levar a mensagem de Jesus Cristo em nossas comunidades”