Evangelho de São Mateus

O que são os Evangelhos?

            Evangelho é uma palavra grega que significa “boa notícia”.

Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João são escritos que nasceram em comunidades cristãs particulares, refletindo suas necessidades, seus problemas e seu compromisso de fé com Jesus Cristo. Bem cedo esses escritos começaram a circular em outras comunidades, e logo se tornaram patrimônio de toda a Igreja.

            Depois da morte de Jesus, os discípulos continuaram a sua obra, anunciando a pessoa de Jesus e reunindo comunidades para viver um estilo de vida de acordo com a palavra e a ação de Jesus. O primeiro anúncio, também chamado querigma, era uma pregação curta, que buscava provocar a conversão e a adesão a Jesus. Depois disso começava uma etapa de catequese, isto é, de educação para uma vida segundo a fé. É a esta etapa de catequese nas comunidades que remontam as tradições orais e os primeiros escritos que formaram mais tarde os evangelhos. Podemos dizer, portanto, que os evangelhos são um espelho da catequese que era feita nas primeiras comunidades cristãs. São semelhantes porque tratam do mesmo Jesus. Apresentam variações e diferenças porque nasceram em comunidades diferentes. Cada discípulo teve uma educação diferente. Cada um pensava diferente. Para se entender melhor: todos nós somos Cristão, mas nem todos torcemos para o mesmo time, ou de repente, nem todos gostam de futebol.

            Os evangelhos apareceram entre 30 e 70 anos depois da morte de Jesus. Sua intenção não era em primeiro lugar fazer uma biografia, uma história de Jesus. Os evangelhos queriam esclarecer (explicar) e manter vivo nas comunidades o compromisso com Jesus, recordando e adptando suas palavras, sua atividade e seu destino (morte e ressurreição). Deste modo, as comunidades poderiam se lembrar do que deviam dizer e fazer, e de como eram chamadas a seguir o mesmo destino de Jesus, rumo à morte e ressurreição. Morte ao pecado e renascer ao para Deus.

Mateus: Jesus, o mestre da Justiça

            Mateus apresenta Jesus com o título de Emanuel, que significa: “Deus está conosco”. À medida que lemos este Evangelho, vamos descobrindo o significado desse título: Deus está presente em Jesus, comunicando a palavra e ação que libertam os homens e os reúnem como novo povo de Deus. As últimas palavras de Jesus são uma promessa de permanência: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”. Essas palavras, dirigidas ao grupo dos discípulos, mostram que Mateus vê a comunidade cristã como semente do novo povo de Deus, povo que é o lugar onde se manifestam a presença, ação e palavra de Jesus.

            Segundo Mateus, Jesus é o Messias que realiza todas as promessas feitas no Antigo Testamento. Essa realização ultrapassa as expectativas puramente terrenas e materiais dos contemporâneos de Jesus, que esperavam apenas um rei terrestre para libertá-los da dominação romana. Frustrados em suas expectativas, eles o rejeitam e o entregam à morte. Por isso, a comunidade reunida em torno de Jesus torna-se agora a portadora da Boa Notícia a todos os homens, a fim de que eles façam parte do Reino do Céu.

            Logo de início, Mateus apresenta Jesus como o Mestre que veio realizar a justiça: “devemos cumprir toda a justiça”. O restante do Evangelho mostra que, através da palavra e ação, Jesus vai educando a comunidade cristã para a prática dessa justiça, isto é, vai ensinando como se deve realizar concretamente a vontade de Deus. Desse modo, a comunidade aprenderá a dizer a palavra certa e a realizar a ação oportuna no tempo e lugar em que está vivendo.

Apêndice sobre Mateus

            Mateus 1, 23: 23Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7, 14), que significa: Deus conosco.

            Mateus 21, 42-43: 42Jesus acrescentou: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra rejeitada  43Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele.

            Mateus 26, 53-54: 53Crês tu que não posso invocar meu Pai e ele não me enviaria imediatamente mais de doze legiões de anjos? 54Mas como se cumpririam então as Escrituras, segundo as quais é preciso que seja assim?

            Mateus 22, 28-30: 28Na ressurreição, de qual dos sete será a mulher, uma vez que todos a tiveram? 29Respondeu-lhes Jesus: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus. 30Na ressurreição, os homens não terão mulheres nem as mulheres, maridos; mas serão como os anjos de Deus no céu.

            Mateus 12, 23-27: 23Na ressurreição, a quem destes pertencerá a mulher? Pois os sete a tiveram por mulher. 24Jesus respondeu-lhes: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus. 25Na ressurreição dos mortos, os homens não tomarão mulheres, nem as mulheres, maridos, mas serão como os anjos nos céus. 26Mas quanto à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés como Deus lhe falou da sarça, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó (-x 3, 6)?.

            Mateus 28, 7-8: 7Ide depressa e dizei aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos. Ele vos precede na Galiléia. Lá o haveis de rever, eu vo-lo disse. 8Elas se afastaram prontamente do túmulo com certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria, e correram a dar a boa nova aos discípulos.

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